O Olho

No coração da alma enegrecida,

Habita uma ave de olho negro.

De asas feitas de sombras frias,

Gotejando lágrimas de dor ferrenha.

És belo, és perverso, és dor...

Assim é meu olho frio de vidro.

Sem brilho, sem alma, sem amor.

Assim sozinho a tudo assisto.

É na escuridão que as minhas asas,

Negras e mortíferas como a noite,

Vem acalentar minha eterna vigília.

Com o meu sombrio olho a pulsar.

E a cada dança das sombras,

Estático no frio eu permaneço.

Tudo e todos que vejo morrem.

E na minha solidão eu permaneço.

Érica Rosa
Enviado por Érica Rosa em 21/07/2015
Código do texto: T5319234
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