Cenatório
Saudoso, a caminhar por sobre areia
e a decalcar pegadas no caminho,
olhava o sol deitado (inda no ninho)
como se a vida fosse coisa alheia.
Do mar se ouviam cantos de sereias
a entoar soluços de amor,
enquanto o sol suava de calor
e o sangue borbulhava em minhas veias.
Do vento, espirais redemoinhos
brindavam o rumor da maré cheia,
enquanto o céu, já posto para ceia,
espera que a saudade traga o vinho.
Saudoso, eu esperei o sol se pôr,
com mente e coração em desalinho.
E ali fiquei em busca de carinho
até que a lua veio a meu favor.
Saudade é se levar onde se for
um concerto de amor e ouvir sozinho.
Saudoso, a caminhar por sobre areia
e a decalcar pegadas no caminho,
olhava o sol deitado (inda no ninho)
como se a vida fosse coisa alheia.
Do mar se ouviam cantos de sereias
a entoar soluços de amor,
enquanto o sol suava de calor
e o sangue borbulhava em minhas veias.
Do vento, espirais redemoinhos
brindavam o rumor da maré cheia,
enquanto o céu, já posto para ceia,
espera que a saudade traga o vinho.
Saudoso, eu esperei o sol se pôr,
com mente e coração em desalinho.
E ali fiquei em busca de carinho
até que a lua veio a meu favor.
Saudade é se levar onde se for
um concerto de amor e ouvir sozinho.