Nem tudo... Às vezes...

Nem tudo... Às vezes...

Nem tudo que eu quis ser, eu sou

Nem tudo que eu sou, eu quis

Nem tudo o que eu tenho, é meu

Nem todos os lugares que quero ir, eu vou.

Nem todos que eu conheço, me conhecem.

Nem todos que me conhecem, eu conheço.

Nem todos os amigos, são meus

E tão poucos são os verdadeiros.

Nem todos os meus sonhos eu posso realizar

Nem tudo que realizei faz parte dos meus sonhos

Nem tudo o que eu quero, eu posso ter

Nem tudo o que eu posso ter, eu quero.

Às vezes nem sei se sou eu mesmo

Às vezes acordo e me pergunto:

Quem sou eu? Onde eu estou?

E quando olho no espelho só vejo um reflexo do nada...

Uma interrogação.

Às vezes, somente às vezes...

Eu me sinto vivo, sinto o coração bater

Sinto o prazer de sentir

Uma vontade enorme de viver.

Mas também às vezes

Não sinto nada, nada mesmo

Somente aquele buraco profundo

E aquela sensação de medo.

Às vezes eu também queria sentir

O que os outros sentem,

Não que seja pra eu viver assim

Mas, somente pra ver com é ser um mortal.

(Santarém-Pará, 16/05/2007)

Andrew de Castro

Andrew de Castro Rodrigues
Enviado por Andrew de Castro Rodrigues em 16/06/2007
Reeditado em 16/06/2007
Código do texto: T529212