Choro do Setembro que vier...

Eu amei, perdi, desisti, e sou assim

Uma que espera e demite soluções

a mesma que deserta está perdida

Sou amor, nunca amei doces côres

De flôr era um meu antigo desamor

e coloridos modos me machucaram

Na dôr padeci desta palavra querida

Fui a desejada e esquecida estátua

a ousei a maravilha de amar errado

Minha vida solitária é este desterrar

A fome que alimenta a esperar viver

sendo eu a culpada por ser faminta

Chorei ao canto, orando semideuses

Aventura perdida dessa calada flama

a mesma que queima na morte lívida

Minhas lágrimas tristes estão usadas

As falências de existir são corruptas

e sinto na carne a esperança exilada

Sozinha, liberta sem destino, desejei

O tudo que completa e o nada triste

e afinal sou a lápide fria, frágil, muda

ninguém ousa rezar por minha sina...

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 24/06/2015
Código do texto: T5288158
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