Solidão
Nas nuvens vaporosas do meu ser,
Observo as róseas nódoas se desbotando,
Sinto agora, que eu hei de morrer,
Quando a minha alma esvanece chorando
Quem poderia ver o formidável,
A dor que dilacera cada átrio de um corpo?
E o existir torna-se inseparável,
Como desejo agora de uma vez assim morto
E sentir os lábios roxos se calarem,
Meus dedos rijos sucumbirem perante o pó,
Quando na paz enfim me deixarem
Desatando da minha garganta esse triste nó
Talvez fosse isso apenas um mistério,
Algo que me causa a funérea desesperança,
Eis a paz entre as trevas do cemitério
É esta a minha imortal e saudosa esperança!