Patamar de ilusões inalcansáveis

Estendo as mãos para a imensidão,

E tento agarrar as estrelas, em vão,

As portas se fecham a minha volta,

Fico neste receptáculo apenas com a visão do céu.

A dor de minha alma extravasou as barreiras citoplasmáticas,

E o cansaço é inevitável,

Desejaria me esvaecer feito fumaça de um trago,

Feito éter espectral de cadáveres frescos.

Algo me impede de transcender a tudo isso,

Enclausurado num mosteiro que mesmo construí,

Olho para o teto, para a cúpula vítrea,

E o que vejo são as estrelas de minhas ilusões.

Sento e choro como criança amedontrada pela escuridão,

Sem uma mão que afague meu desespero,

Não existe mais o tempo, apenas a atemporalidade,

Minhas ilusões, estrelas em colapso, inalcansáveis.

ilusionista
Enviado por ilusionista em 15/06/2007
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