Patamar de ilusões inalcansáveis
Estendo as mãos para a imensidão,
E tento agarrar as estrelas, em vão,
As portas se fecham a minha volta,
Fico neste receptáculo apenas com a visão do céu.
A dor de minha alma extravasou as barreiras citoplasmáticas,
E o cansaço é inevitável,
Desejaria me esvaecer feito fumaça de um trago,
Feito éter espectral de cadáveres frescos.
Algo me impede de transcender a tudo isso,
Enclausurado num mosteiro que mesmo construí,
Olho para o teto, para a cúpula vítrea,
E o que vejo são as estrelas de minhas ilusões.
Sento e choro como criança amedontrada pela escuridão,
Sem uma mão que afague meu desespero,
Não existe mais o tempo, apenas a atemporalidade,
Minhas ilusões, estrelas em colapso, inalcansáveis.