A Triste Solidão

Agora nada é mais sagrado.

Carrego tristonho o meu legado.

Amores passados que passaram

Mas suas partículas estão vivas.

E ficou um desconforto por apenas

ter lembrado.

Eu havia subestimado

a minha capacidade

de regeneração.

Habitar em corações

que jaziam esquecidos

doloridos por provar

da mais densa solidão.

A alma de um ser partido.

Que partiu em um dia lindo.

Tudo aquilo que vivenciou

ficou gravado em seu peito.

Mas não fazia sentido por

não ter mais sobrevivido.

Ressuscitei o poeta enterrado.

E seus velhos poemas recitados.

A loucura de um amor abrasado.

Verso em laços mitológicos e sem

serem precisamente calculados.

Sim amor eu teria despertado

se estivesses em meus braços.

Dar-te-ia a chave do meu coração.

Mas durmo agora solene em uma

poesia escrita a pena na inabalável

e mais triste solidão.

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 24/05/2015
Código do texto: T5253632
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