INSÔNIA

Levo pra cama meus ais...

Pra depositar no cais

das infinitas noites...

sem ti...

Desfaço-me em pétalas

desnudo-me dos espinhos

transmuto-me

só na espera

de ti...

Quisera ser poetisa,

uma escritora do “eu”...

Quisera ser tua amante

plena dos

deleites poéticos

que me inspiras

MAS...

nem amante,

nem poeta,

nem escritora,

nem eu-mesma

São só quereres

dessa insônia insistente

que me traz,

com atraso,

a dor da angústia

de dormir sem ti

Edméa G. Neiva

11/6/2007