Quando minha alma morrer,
serei somente sombra, passagem.
Os meus passos não mais andarão,
por essa imensa agonia.

Então serei saudade,
no coração da minha gente.
Quando morrer minha alma,
vai evaporar-se a tristeza
dessa minha alma sem dono,
a quem Deus me confiou.

Alma vagante pelos caminhos da  vida,
andou sem rumo, sem graça, nomade,
à espera de milagres,
que nunca vieram.

Quando eu deixar de ser dor,
para ser saudade.
Nada quero,
apenas a paz da escuridão
dos meus olhos fechados.

Não quero luto, nem glória.
serei um eco que deixou de ecoar,
para virar memória.

Uma pluma solta ao vento,
sequer ficarei na história.
Quando minha alma morrer,
estarei livre,
deixarei de ser pó

- Para ser alma, só.