vazio

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Solitário

Fico pensando meus dias

Esquecido e abandonado

Vejo a vida passar sem sentido

Sem que haja mais lágrimas para chorar

Sem um ombro amigo

Onde eu possa desabafar minhas dores

Desacreditado e a beira de um ataque de nervos

Vou meditando sobre meu destino

Traçado por minhas próprias mãos

Passo horas e horas a fio

Procurando a cura, ou alivio...

Mas nem sempre chegamos onde queremos,

E desfalecemos no meio do caminho

E como folhas ao vento,

Vamos sendo jogados de um lado para o outro

Como pássaro sem ninho

Sem primavera,

Sob o inverno frio do esquecimento

Vou sobrevivendo cada dia

Ferido e machucado,

Vou cambaleando em meus passos

Até que as mãos da morte abracem minha alma

E serei levado cativo para sempre

E tudo se resumirá a mesma e velha rotina

Solitária e restrita

Sepultado nas lembranças de todos

Mera recordação de mais um ser sem vida