Vozes de mim mesmo

Vozes submissas ecoam de mim.

Como vindas de um abismo profano,

Mundano e sem cor.

Gritos incapazes de externar

A angústia que rasteja

Pelas ruas, em qualquer lugar.

A melancolia exposta,

Introjetada, quase indisposta.

Disposta num púlpito secular.

Uma orquestra de raros sons

Que já me são familiares,

Mesmo causando-me desconforto.

A freqüência frenética constante.

A voz vibrante,

O som toante,

O compasso marcante.

Tento suprimi-las, mas é inútil.

Soa fútil meu anseio.

Na guerra de sons perdidos,

Estou no meio...

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 12/06/2007
Código do texto: T524429
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