Vozes de mim mesmo
Vozes submissas ecoam de mim.
Como vindas de um abismo profano,
Mundano e sem cor.
Gritos incapazes de externar
A angústia que rasteja
Pelas ruas, em qualquer lugar.
A melancolia exposta,
Introjetada, quase indisposta.
Disposta num púlpito secular.
Uma orquestra de raros sons
Que já me são familiares,
Mesmo causando-me desconforto.
A freqüência frenética constante.
A voz vibrante,
O som toante,
O compasso marcante.
Tento suprimi-las, mas é inútil.
Soa fútil meu anseio.
Na guerra de sons perdidos,
Estou no meio...