ATÉ QUANDO?
Neste porto da minha solidão
Das águas que deságua dos olhos
Fruto espinhoso de gosto amargo
É o momento que vivo agora
Quando vem a noite, na cama solitária
Inquieta sem sono algum
Somente o vazio do meu lado
Nesta triste e seca estação
Como flor sem perfume nenhum
Com esta fisiologia humana
Que meu corpo procura
É prazer pelo prazer
O prazer da minha loucura
Ouço o canto do sabiá
Convidando-me a levantar
A noite de espera se foi
E novamente a noite voltará
Estas palavras soltas
Da minha mente insana
Procura uma alma boa
Que se encaixe na minha cama