MOÇA DO VESTIDO BRANCO
O vento solto na ruazinha,
Tocou o branco do teu vestido.
Está tudo tão calmo,
A rua tem até medo de tanta paz.
A moça que passou vestida de branco,
Muito compenetrada, carregava uma bíblia.
Seus cabelos negros no ar,
Encantaram minha visão,
E eu solitariamente a lhe observar!
Ela passou e nem me olhou.
Pensei em me converter,
Será pecado?
Por que ela não passou com alguém ao lado,
Já tão tarde assim,
Será também uma moça solitária, como eu,
Por que não a vejo sorrir?
Por que estou assim tão triste?
Não queria ter medo da solidão.
Queria apenas um coração para dar a mão ao meu,
Nesta noite solitária e fria!
De final de 2014...
Salvador, 01 de janeiro de 2015.
Barret.