Amanhecer
Volto a ti mar de Ingleses
De céu incerto e salgadas ondas
De azul profundo é teu mar
Brancas as tuas rebentações.
Volto a ti mar de Ingleses
Para alimentar meu sonho
Pois minhas fugas são necessárias.
Como tu e tuas ilhas, sou feita
De solidões e mistérios.
Vejo a praia semideserta
Barcos adormecidos
Gente de rostos sérios
Há olhares perdidos no mar de Ingleses
E escasseiam-se os peixes
Dissolvem-se as servidões e seus caminhos de areia
Perco-me, também, em meus próprios caminhos
Quase não sei voltar.
Mas a tua beleza azul, mar de Ingleses
Me envolve, me engole.
Afaga meus sonhos.
Beijo a todos!