Fugaz
Antes era jazz, agora só toca blues
Roupas amorfas cobrem os corpos outrora nus
O silêncio substitui o riso que era escancarado
Dois corpos solitários mesmo estando lado a lado.
Calmaria nos lençóis que viviam em eterna tempestade
Completamente deserta a antiga ilha de felicidade
Lentamente o passado se apaga e segue adormecido o presente
Sequer um ínfimo vestígio de um futuro à frente.
Tão rápido como começou, tudo simplesmente termina
O caminho se bifurca e a despedida acontece na primeira esquina
O carvão em brasa queimou, virou cinza e foi levado pelo vento
Começa uma nova era glacial e se congela todo sentimento.