Caudilho
Sou raiz de planta sufocada
Sou pedra debaixo de pedras
Um sopro que resta
do guerreiro que não cala
do vento que embala
uma bandeira viva
Sou estandarte
na frente da batalha
voz que não falha
num canto teimoso
Sou o fio da espada
num prato da balança
Sou semente antiga
plantada na terra
Sou sangue inocente
que aduba este solo
– Sou filho da guerra!
Sou caudilho andante
presto a meu cajado
Sou erva do prado...
Sou alma que chora
Sou alma que canta
o silêncio da dor
nos guetos do tempo.
SGV.(02/02/2005)