Inércia

Inércia

Repentino, o vento frio sopra vindo do sudeste...

A face gela, o pêlo arrepia...

Ignoro o sentimento anestesiado pela solidão.

Do alto da janela vejo o breu da noite, uma dúzia de estrelas teimam em brilhar...

Lá longe, cintila um lume opaco das luzes da cidade adormecida, dormem os homens; perambulam os loucos, as mariposas cegas vagam buscando luz... eu ali permaneço na inércia do nada...

Alimento-me do passado, sobrevivo de lembranças...

Espero pelo que não virá...

Espero ter de novo aquilo que nunca tive...

Tilo Rezende
Enviado por Tilo Rezende em 10/06/2007
Código do texto: T520862