MEU PAI FOI EMBORA... 

Partiu como se nada houvesse 
Como se não tivesse acontecido 
Nenhuma lágrima nenhum sorriso 
Nenhum gemido, simplesmente partiu... 

Morreu tal qual passarinho! 

Fechou as janelas da alma 
Trancou as portas do coração 
Acendeu as luzes da áurea 
Foi embora para a imensidão... 

Silêncio... Momentos de reflexão 
Lembranças de um tempo em que juntos 
Passeávamos com ele, segurando a minha mão. 

Meus grilos meus gritos todos engolidos 
Sufocados, calados perdidos em sua imensidão. 
As lágrimas escondidas lamentavam a partida 
Afogadas todas, no silêncio do meu coração. 

Para os que ainda têm um pai para abraçar 
Para agradecer, para amá-lo não percam tempo. 
O tempo é um sujeito relativo e abstrato! 
Num sopro desaparece num segundo 
Emudece todas as possibilidades 
De se dizer: Te amo, Pai! 

 
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 09/06/2007
Reeditado em 14/08/2016
Código do texto: T519893
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