SENTIMENTO OCULTO

SENTIMENTO OCULTO

ÀS VEZES NAS CALADAS DAS NOITES

MEUS PENSAMENTOS COMEÇAM A VOAR

SE EXPANDINDO NO MUNDO DOS SONHOS

SEM SABER ONDE VÃO PARAR.

SE EVADINDO NA ESCURIDÃO DA NOITE

NADA MAIS EXISTE ENTRE

A LUA E AS ESTRELAS A BRILHAREM

CONFRONTO-ME COM A SOLIDÃO

ENTRISTEÇO E COMEÇO A CHORAR

NADA MAIS DÓI DO QUE UMA SOLIDÃO

QUANDO NOS INVADE O CORAÇÃO

SOLIDÃO VINDA DESDE CRIANÇA

QUE DE SUA INFÂNCIA SÓ LHE RESTOU A DOR

MAS EM SEU PEITO É ENCONTRADO

UM SENTIMENTO BELO

CHAMADO AMOR.

AS LÁGRIMAS QUE ROLAM

O TEMPO QUE PASSA

UM PASSADO TRISTE

QUE A MENTE RETRATA

UM SORRISO FALSO QUE TRÁS NO ROSTO

E NO PEITO SENTE PROFUNDO DESGOSTO

UMA MENINA QUE TROUXE A SINA DE SER REJEITADA

PORÉM FAZ DE TUDO PARA SER AMADA

MAS ACABA SEMPRE NUM CANTO JOGADA

CHORANDO SOZINHA EM TRISTES MADRUGADAS

É NOTÓRIO SEU LADO INTERVENTIVO

POIS ÀQUELES QUE CHORAM

LEVA SEU INCENTIVO...

FINGE SER FORTE

NAS HORAS DE DOR

SENDO MAIS SENSÍVEL DO QUE UMA FLOR

E NAS CALADAS DAS NOITES

PERDE-SE A CHORAR

ELA MESMA ENXUGA

SEU PRONTO A ROLAR

NÃO EXISTINDO NINGUÉM

QUE A POSSA AJUDAR

POIS FOI CONFINADA

NUMA NOITE SEM LUAR.

AINDA POSSUI MÁGOAS,

MAS CONSIGO NÃO TRAZ MALDADES

EMBORA EM SEU PEITO TENHA SIDO FEITO

UM NINHO DE INFELICIDADE

RESTANDO-LHE APENAS ESPERANÇA

E UMA ETERNA VONTADE

DE UM DIA NESTA VIDA

CONHECER A FELICIDADE...

É ASSIM A MENINA QUE EXISTE EM MIM

SEI, NÃO SOU FELIZ.

MAS LEVO A VIDA MESMO ASSIM

EU SEI QUE SAI

MAS NÃO É CERTO DE CHEGAREI

TODA VIA, NÃO SAIREI DA ESTRADA

SE EU CAIR DURANTE A CAMINHADA,

SEGUIREI RASTEJANDO

E CERTAMENTE O TEMPO ME DIRÁ

QUANDO PERTO EU ESTIVER CHEGANDO.

Este poema foi escrito por mim em 19 de maio de 1986.

Maria Márcia Vieira
Enviado por Maria Márcia Vieira em 06/04/2015
Código do texto: T5196801
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