Um tosco poema

Sombrias ruas caladas

Em teu corpo ouço minhas pegadas

Dizei-me, onde estão os filhos teus?

Por que o barulho com o sol se escondeu?

Solida solidão te habita agora!

Com plásticos de fandangos e Coca-Cola:

São vestígios de vida outrora.

Quatro toques surgem à esquina sozinhos,

Com patas, calda e com focinho

E como diz o engraçado programa antigo:

“Volta [só] o cão arrependido”.

O silêncio da rua não tem gosto,

Fez-me criar esse poema tosco.

Daniel Vitor de Almeida
Enviado por Daniel Vitor de Almeida em 25/03/2015
Código do texto: T5182710
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