SOZINHO
Me deixem aqui, sozinho,
Nas entrelinhas da incerteza,
Com as minhas estranhezas,
Alma indefesa, em desalinho.
Me deixem aqui, com a minha dor,
Com os meus fragmentos,
Folha seca à espera do vento,
Sem quimera, sem primavera, sem cor.
Me deixem aqui, caído,
Como um anjo que perdeu a plumagem,
Despido de asas e de coragem,
À margem do sentido.
Me deixem com a minha introspecção,
Com os abalos do meu ego,
Absurdamente me entrego...
Não, não se apoderem da minha solidão.
Me deixem aqui, sozinho,
Nas entrelinhas da incerteza,
Com as minhas estranhezas,
Alma indefesa, em desalinho.
Me deixem aqui, com a minha dor,
Com os meus fragmentos,
Folha seca à espera do vento,
Sem quimera, sem primavera, sem cor.
Me deixem aqui, caído,
Como um anjo que perdeu a plumagem,
Despido de asas e de coragem,
À margem do sentido.
Me deixem com a minha introspecção,
Com os abalos do meu ego,
Absurdamente me entrego...
Não, não se apoderem da minha solidão.