‘Febrilidade’

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Meu corpo, todo ele dói.

Minha boca está azeda, acre.

Da salivação,

respingos do teu beijo.

Estou febril.

Não. O que tenho é febre!

O antibiótico que tomei;

o remédio contra vômitos...

Tudo tem gosto de urina;

e cheiro também.

Essa virose, essa infecção.

A virose,

peguei do meu sobrinho;

a infecção...

Teria sido por causa das loucuras?

Nossa, ousamos demais!

Ainda sinto dores nas pernas.

Tombei nos teus braços;

caímos da cama, que posição!

Não estou apenas febril, sinto que não.

Meu corpo, entretanto,

deseja arder,

sem arrefecimentos,

ao contato do teu.

Meu corpo, todo ele é calor.

Tenho febre.

Crato-CE, 20 de fevereiro de 2015.

21h25min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 20/02/2015
Código do texto: T5144392
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