‘Febrilidade’
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Meu corpo, todo ele dói.
Minha boca está azeda, acre.
Da salivação,
respingos do teu beijo.
Estou febril.
Não. O que tenho é febre!
O antibiótico que tomei;
o remédio contra vômitos...
Tudo tem gosto de urina;
e cheiro também.
Essa virose, essa infecção.
A virose,
peguei do meu sobrinho;
a infecção...
Teria sido por causa das loucuras?
Nossa, ousamos demais!
Ainda sinto dores nas pernas.
Tombei nos teus braços;
caímos da cama, que posição!
Não estou apenas febril, sinto que não.
Meu corpo, entretanto,
deseja arder,
sem arrefecimentos,
ao contato do teu.
Meu corpo, todo ele é calor.
Tenho febre.
Crato-CE, 20 de fevereiro de 2015.
21h25min
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