O Recado da Borboleta Negra

Rondando triste nos meus espaços noturnos

Me deparo com uma frenética borboleta

Uma borboleta negra!

E angustiado

Senti meu coração em um casulo apertado

E agi como tu, caro “Machado”

Lutei arduamente com a pobre criatura

Queria suplantar minha dor

Mas não fui ágil

Fui frágil

Nem tampouco forte

Não tive sorte

Desabei

Nocauteado rapidamente

Fiz uma viagem escura rumo ao chão

E permaneci sentado

Aos prantos em solidão

Lágrimas brotaram lentamente

Silenciosamente

Mas repentinamente

A bela e piedosa

Fez o vôo mais sublime

E retornou

Pousou ao meu lado

Como uma velha companheira

Dois seres ao chão

E quando estendi minha mão

Vieste em um vôo rasante

Acomodar-se em meu dedo

Parei assustado com medo

Apreciei bestificado

E questionei entediado:

<< - O que queres? >>

Num instante entendi

Um nas “mãos” do outro

Tentei acariciá-la

Ela se foi

E adeus eu disse

À borboleta negra

David Pimentel
Enviado por David Pimentel em 28/01/2015
Código do texto: T5117569
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