O Recado da Borboleta Negra
Rondando triste nos meus espaços noturnos
Me deparo com uma frenética borboleta
Uma borboleta negra!
E angustiado
Senti meu coração em um casulo apertado
E agi como tu, caro “Machado”
Lutei arduamente com a pobre criatura
Queria suplantar minha dor
Mas não fui ágil
Fui frágil
Nem tampouco forte
Não tive sorte
Desabei
Nocauteado rapidamente
Fiz uma viagem escura rumo ao chão
E permaneci sentado
Aos prantos em solidão
Lágrimas brotaram lentamente
Silenciosamente
Mas repentinamente
A bela e piedosa
Fez o vôo mais sublime
E retornou
Pousou ao meu lado
Como uma velha companheira
Dois seres ao chão
E quando estendi minha mão
Vieste em um vôo rasante
Acomodar-se em meu dedo
Parei assustado com medo
Apreciei bestificado
E questionei entediado:
<< - O que queres? >>
Num instante entendi
Um nas “mãos” do outro
Tentei acariciá-la
Ela se foi
E adeus eu disse
À borboleta negra