Brumas da solidão

Brumas da solidão

Jorge Linhaça

Sinto-me tão só, entristecido,

impotente para me soerguer,

minhas ações o medo a tolher,

como se fosse frágil tal o vidro.

A parca luz que me acolhe,

exaurida ante a penumbra,

é como nesga de luz na tumba

que o corpo inerte recolhe

Adonai, por onde andas?

Onde anda teu pavilhão?

Livrai-me das trevas profanas,

Estendei-me ora tua mão,

fazei com que arda a chama

do amor em meu coração .