ESCAVAÇÕES
Na ânsia de encontrar-me
Delirei por mim mesmo a procurar.
Avancei, retornei, tudo em vão, sem nada encontrar.
E continuei assim perdida, sem repouso.
Nada tenho.
Decido unicamente sonhar.
Mas logo a vitória esvai-se.
E cinzas, as cinzas, o pó...
É tudo que resta, tudo que existe.
- Onde existo que não existo em mim?
Delírios de um ser confuso,
Sonhos de uma ilusão feliz.
Nada resta.
Decepções e morbidez.
Um cemitério falso de ossadas.
Cadáveres sombrios de lembranças.
Esperanças vãos...
Tudo ou outro.
Princípio ou fim...
Escavações infindas de mim...
Escrito em 2013.