As cinco da tarde

São quase cinco da tarde

horário de verão

e já esta tudo escuro.

Eu sinto saudades,

dor - eu sinto um mundo.

Um mundo vivo - sem vida -

um mundo que grita

e não ha ouvidos.

Correntes e pesos que arrasto

por anos e anos tantos.

Deixam em mim

mais que um rastro:

deixam em mim

um silencioso pranto.

Esse mundo arde,

queima, suplica e então

esfria.

Depois das cinco da tarde

tudo cresce e vive,

inclusive o que eu não sabia

que tinha vida.

O vento sopra,

o crepúsculo vem,

o sol se parte.

Meu olhos ardem...

Já são cinco da tarde.

Larissa Maciel
Enviado por Larissa Maciel em 14/01/2015
Reeditado em 26/01/2015
Código do texto: T5101762
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