Caos. Teoria da Minha vida.
O tempo, escasso tempo!
Vida doada às futilidades
Desperdiçadas em mim, mesmo.
Nos vazios dos sentimentos.
Foram os sonhos culpados...
Foram os devaneios, foram!
Somos todos náufragos... Doentes
Na ilha torpe de nossa mente.
Traçar de perfis, idear, intimidades,
Desconhecidos que se apegam
E se afagam no virtual momento vão
Reflexos de sedentas toscas verdades,
No fluxo do coração
Vai... Eis que assim vamos todos...
Em tudo e por tudo, o tempo se foi.
As frases retornam frias, frios bordões...
Estava o eu sozinho, ao lado de multidões,
A seguirem cega a direção de um olá, “Oi”.
Uma mensagem ao mar, ao mundo...
O mundo, que somos nós.
Quando despontastes entre as vagas
Sequioso, lancei-me as águas.
Ao SOS, que enviei de mim... Sem saber!
No turbilhão, salgadas mágoas.
Constata triste às minhas pupilas
A encardida folha sentida.
A mesma garrafa translúcida
A vogar quem me volta, e sem vida!
Agora, na desesperança, flutua,
Nos mesmos mares, a minha rua,
E em seu interior a letra tremida
De nada vale a pena ser lida.