UM SENTIR
(Por Aglaure Martins)
Ontem o tempo esteve alternando entre o cinza e o azul,
entre a solidão e o acolhimento,
entre dores e alegrias, amor e desamor.
Em alguns dias a chuva é torrencial,
inunda a alma, encharca os olhos, destrói os sonhos.
N'outros ela lava a alma, acalma...
Ontem o tempo, por pouco tempo se fez luz,
brincou de ser felicidade,
correu os labirintos da esperança.
Em alguns dias, lá vem o sol,
lá vai o sol... Se esvai o sol...
Só, o olho, vê por uma fresta um raio brincando no horizonte.
Ontem, só ontem o passado foi presente,
bateu a porta, entrou sem cerimonia , sentou na sala,
visitou todos os cômodos e almas...
Sem se despedir, foi-se para sempre.
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JP11012015