QUANDO FERE...
Quem amor não desfere, fere.
Quem, com ardor, fere, confere,
Que gela na pele de quem se refere,
Queimando o coração que prefere,
Qualquer outro calor que agora não infere,
Quando em pulsar um nome profere.
Quiçá por solidão que tanto lhe afere,
Quanto da febre por alguém interfere,
Qual sombra que a calma lhe indefere.
Quis a inquietude da alma que ainda defere,
Quedar por um amor que não mais se aufere,
Quebrando um conceito que agora difere...
Que não tem um quando ou um quanto, apenas fere.