Um caso de amor e ódio com a noite
Gosto de me sentir sensível e me escureço com ela
Noite cálida , minha alma é propriamente tua
Seja nesse chão que me flutua
Seja a lua grande e amarela
Quando me sinto uma obra medíocre
Ela me ilumina florescendo meus jeitos
E são tantos convertidos em textos
Sem lapsos de disse e me disse
Gosto da vulnerabilidade que faz evaporar
Aquele suorzinho de curviana na janela
Nesse ponto já posso sentir-me, enamorado por ela
E as horas lentas acometem , reações de apavorar
Ascender um cigarro, vira um modo de combate
Contra a solidão ,que fez morada nos 2 cômodos
Ela encheu até o teto de mofo e soprou sons estranhos
De boca cheia sopra os medos da verdade
Vou no banheiro para cagar
Deixo a porta aberta no caso de querer sair correndo
Tenho tempo de sobra para aproveitar a noite e o sereno
Mas a noite é rápida no gatilho , vai que ela tenta me matar.