Prestação de contas

Passávamos livres e inertes pela sentença

Certa e ingrata e até certo modo

Cheia da graça do tempo rabiscado

O que jamais fará diferença...

Não há escolhas!

As folhas já caíram aos nossos pés

Os dias continuam assim

E ao invés de gritarmos,

Silenciamo-nos.

Ouviremos juntos os sons do silêncio

O murmúrio dos espectros mortos que vivemos

Dos dias que não fomos felizes

Das presenças que nos esquecemos

Perdoem-me, pois!

Não era assim que queria

Não era essa a covardia

Não era com essa força que lhes abraçaria

Perdoem-me!

Falarei baixinho o resto

Não é preciso mais que isso

Já tem a certeza de que não presto.

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 01/06/2007
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