Pela preservação da espécie
No espelho das águas via meu braço remando.
Ainda escuro, corujas piando.
Revoada de pássaros brandos na foz.
Mau tempo, o algoz, encrespa o mar,
Sinal de mau agouro, mau presságio.
Vencendo as ondas que espumam sob o casco,
Na brancura temporária de um azul premente,
Esverdeada calma, ou calma ausente?
E o horizonte, sorridente, empurra o sol.
O desafoga dos braços de Netuno.
Guris correm atrás de aves.
Que em águas suaves se perpetuam.
Grasnam cânticos de boas-vindas à alvorada.
No manto, a brisa da revoada rasante ao infinito.
Paciente, aguardo o sinal natural...
Venço a luta pela preservação humana...
Tão desumano é o preço que se paga!
Não me afaga a euforia da vitória...