Pela preservação da espécie

No espelho das águas via meu braço remando.

Ainda escuro, corujas piando.

Revoada de pássaros brandos na foz.

Mau tempo, o algoz, encrespa o mar,

Sinal de mau agouro, mau presságio.

Vencendo as ondas que espumam sob o casco,

Na brancura temporária de um azul premente,

Esverdeada calma, ou calma ausente?

E o horizonte, sorridente, empurra o sol.

O desafoga dos braços de Netuno.

Guris correm atrás de aves.

Que em águas suaves se perpetuam.

Grasnam cânticos de boas-vindas à alvorada.

No manto, a brisa da revoada rasante ao infinito.

Paciente, aguardo o sinal natural...

Venço a luta pela preservação humana...

Tão desumano é o preço que se paga!

Não me afaga a euforia da vitória...

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 31/05/2007
Código do texto: T508689
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