Certa vez.
 
Certa vez vi um jovem.
O frio era intenso!
Quantos anos? Talvez trinta
Sentado num banco da praça,
Solitário, olhar frio como o tempo.
Esfregava as mãos,
Roupas um pouco surradas.
Às vezes passava as mãos
Sobre a face gelada,
Costas alquebradas
Uma aparência
De dor, solidão, e angustia.
Às vezes enfiava os dedos
Sobre os cabelos
Que nos dedos
Enrolavam-se como anéis.
Cabelos negros,
Pele morena canela,
Costas largas
Corpo bem definido
Os negros olhos
Perdiam-se na imensidão...
Observei senti pena...
Levantou-se caminhando
Lentamente...
Na névoa fria da solidão
Sumiu, da sua tristeza.
Nada soube.
Fome? Frio? sonhos desfeitos
Esperanças mortas?
Nunca saberei... Quem sabe apenas
Uma palavra lhe bastasse.
Tarde de mais...
Quem sabe um dia lhe encontre nas
Ruas tristes da solidão
Então lhe falarei
Sobre o grande amor de Deus.
Não deixarei para depois.
Se teu próximo
Precisa de ti ajude não
Seja indiferente.
 
 
Terezinha C Werson
Terezinha Werson
Enviado por Terezinha Werson em 21/12/2014
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