Minha Companhia é a Morte
O que será de nós
Para onde estamos indo
Viraremos pó
Não sou bem vindo
A primavera está escassa
O jardim de flores está rasa
Minha dificuldade é viver
Meu otimismo é de os olhos encher
Minha alegria foi enterrada
Chame o sino da igreja
Chame o padre do conto de fada
Me dê a droga branca em comprimido de cereja
Vou me embriagar
Naquele romance maldito
Naquele casamento possuído
Vou me lascar
Palavras de baixo calão
Palavras de um velho cagão
Estou sendo fútil e covarde
Estou sendo otário e ordinário
Desculpem minha sinceridade
Não quero saber mais de lealdade
Quero viver dentro de um carro forte
Ser baleado afinal minha companhia é a morte