Minha Companhia é a Morte

O que será de nós

Para onde estamos indo

Viraremos pó

Não sou bem vindo

A primavera está escassa

O jardim de flores está rasa

Minha dificuldade é viver

Meu otimismo é de os olhos encher

Minha alegria foi enterrada

Chame o sino da igreja

Chame o padre do conto de fada

Me dê a droga branca em comprimido de cereja

Vou me embriagar

Naquele romance maldito

Naquele casamento possuído

Vou me lascar

Palavras de baixo calão

Palavras de um velho cagão

Estou sendo fútil e covarde

Estou sendo otário e ordinário

Desculpem minha sinceridade

Não quero saber mais de lealdade

Quero viver dentro de um carro forte

Ser baleado afinal minha companhia é a morte

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 20/12/2014
Código do texto: T5076193
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