E se for amor?

A tristeza do poeta, tão grande conhecida, não pode ser amparada com água no rosto nem com a calma trazida pela brisa.

Tristeza de tantos anos por amores mal amados. Por lembranças esquecidas de amigos abandonados.

Oh, sina maldita! De quem do amor soube falar, cantar e até poetizar...! Mas, ao fim de cada dia, rola uma lágrima do rosto de tristeza e agonia. A verdade de quem nunca soube amar.

Os dias passam rápidos e o tempo não espera. Velho e só fica o poeta. Nem a passagem das inúmeras paixões o faz despertar. A verdade é que ele tem medo mesmo é de amar.

Pois amor dói, e essa dor é mais forte que o tempo. Nem Deus pode curar a dor que vem de dentro.

Nos hiatos, tão largos de pensamentos, vão as palavras o poeta encontrar. Mas amor vazio não tem voz, não tem nada. É um carrasco algoz.

Quem consegue viver assim sem amor por ti ou por mim? Recordações fazem chorar a alma do poeta que não sabe amar. Desilusão, ou amor traído, até o tempo pode consolar, mas quem pode iluminar a alma de quem não sabe amar?

Rosdrigo
Enviado por Rosdrigo em 19/12/2014
Reeditado em 19/10/2015
Código do texto: T5074374
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