O viajante
Todo dia de lua cheia
Antes do sol nascer
Monto em meu cavalo
Amarro a minha patrona
E sigo o meu caminho
Numa terrível Solidão.
Cavalgo, cavalgo
Cavalgo sem parar
Com uma terrível tristura
A me perseguir.
Vejo, atravesso e passo
Por singelas paisagens
Passo por vários regatos
Atravesso por vários mocambos
vejo mangues, florestas e rios
Tudo isso enquanto o véu da escuridão
Ainda cobria o céu.
Já logo de manhã
Quando o parte sol
Ainda estais a se esconder
Subo até o píncaro da montanha
E paro para descansar
Pego a minha patrona
E tomo o meu café
Aprecio a vista
Até que eu vejo
Os sertanejos e vários boiadeiros
Tocando o gado
Para o coração do meu sertão.
Logo monto em meu cavalo
E sigo a minha missão
Que como e lançado
em terra de maldição
Existem muitos problemas
Mais para isso não vou ligar
Vou descendo a montanha
Montado em meu cavalo
Pulando de pedra em pedra
Suja com limo tomando muito cuidado
Vou galopando
Por muitas léguas
Numa triste solidão
Vou viajando por muitas distancias
Até uma cidadezinha avistar
Uma cidadezinha a beira mar
As curvas das montanhas
E as silhuetas do mar