VELHA CIGANA
Vai fazer outra mudança
Sua tenda envelhecida
Rasgou e sem serventia
Desmontou e jogou fora.
Pegou uma tenda emprestada
Montou e nela fez morada
Cansada de tantas andanças
Os enfeites que enfeitavam
A tenda já desgastada
A cigana se desfez.
O coração está rasgado
Mas ele tem que sarar
Nos olhos a lágrima teimosa
Lava a face cansada,
Mas o soluço que engasga
Ela tenta sufocar.
Pegou estrada da vida
Começou a andar
Para ouvir o canto do pássaro
O voo da borboleta
Sentou na beira do regato
Escutou o ruído baixinho
La... No fundo do regato
Viu sua imagem solitária.
E naquela correnteza
Olhou as folhas e os garranchos
Que desciam devagar
Sem nunca se lamentar.
Mas cigana andante
Já cansou de se mudar.
Entendeu que ser cigano
É viver sem ter raízes.
Terezinha C Werson.
Sua tenda envelhecida
Rasgou e sem serventia
Desmontou e jogou fora.
Pegou uma tenda emprestada
Montou e nela fez morada
Cansada de tantas andanças
Os enfeites que enfeitavam
A tenda já desgastada
A cigana se desfez.
O coração está rasgado
Mas ele tem que sarar
Nos olhos a lágrima teimosa
Lava a face cansada,
Mas o soluço que engasga
Ela tenta sufocar.
Pegou estrada da vida
Começou a andar
Para ouvir o canto do pássaro
O voo da borboleta
Sentou na beira do regato
Escutou o ruído baixinho
La... No fundo do regato
Viu sua imagem solitária.
E naquela correnteza
Olhou as folhas e os garranchos
Que desciam devagar
Sem nunca se lamentar.
Mas cigana andante
Já cansou de se mudar.
Entendeu que ser cigano
É viver sem ter raízes.
Terezinha C Werson.