Solidão

Caem às máscaras da face, saem sangue das feridas.

Outros vêem o que nunca você conseguiu.

E nas ruas molhadas pela chuva que caiu.

Ninguém nota que você está chorando.

Porque será que eles não entendem a sua dor?

Porque eles são tão insensíveis assim?

Onde está àquela força que você tirou de si?

E te fez passar pela vida sem se ferir.

Pássaros de fogo abrem as asas sob o sol

Iluminam, e queimam.

Na sala vazia ela vê televisão, e nem se lembra que você um dia existiu.

Seus sonhos não valem nada se você sonhou sozinho.

Seus espelhos se quebraram e você nem viu.

Acabou!

Antonio Candido Nascimento
Enviado por Antonio Candido Nascimento em 21/11/2014
Reeditado em 22/04/2016
Código do texto: T5043054
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.