Nessa noite sem luar...
nessa noite sem luar...
de vento frio batendo na janela...
a alma se aninha sozinha...
numa dor pungente e premente...
pingos de chuvas repicam na janela...
entoando notas de uma triste canção...
aumenta a dor que se faz presente...
alma...chuva...solidão...
seria reflexo da dor do corpo...
que há dias caminha comigo...
ou seria somente a dor dessa alma...
que nasceu assim tão sem abrigo...
quisera arrancar toda esta dor...
que tortura e me faz perder o prumo...
mas ela é mais forte que tudo...
tem a força de um vendaval...
que devasta todo um madrigal...
me tolda...me apequena...me reduz...
me jogando assim, no breu das tocas...