MELANCOLIA
Caminhando por tristes vales,
Lembrou-se da infância perdida,
Onde não percebia os rígidos males da vida.
A cada passo, o peso da existência se acumula
Sufocando a instável esperança,
Submersa em lidas turvas.
A pureza, se perdeu em alguma curva da estrada
E as paixões se evaporaram sob o calor da rotina,
Em um triste deserto de realidade amarga.
No crepúsculo da labuta não existe o amor.
As flores do jardim da existência secaram
E o ser melancólico mergulhou-se em um lago de dor.