O VÔO DA ÁGUIA
Voe até o infinito,
E no anúncio do grito,
Traga – me sem ousadia,
A paz que perdi um dia,
O sonho que não prenuncia
O reverter de uma história,
Que não retrate agonia.
Desvende o segredo da sorte,
E flutue com magia,
No mundo da fantasia
E me traga a alegria.
Que meu versejar seja simples,
Sem nenhum rebuscamento,
Mas todos vejam por dentro
Um coração sem poesia.
Conduz no imenso vôo
No palmear da distância,
Trazendo – me a esperança,
Pois meus olhos não alcançam.
No final traga – me o verso,
Nesse peito hoje cansado,
Sofrido e desesperado,
Sem condições de voar.
Retorne de longínqua ida
Trazendo o bico repleto
De harmonia e afeto,
Pois estou a precisar.
CRS 26/05/07