TOADA
Perdida neste espaço,
visão em frio de aço
silente em exaustão,
eu busco ninho e abraços,
sabor de uva nos cachos
os beijos da mansidão...
E quero estreitar o laço,
mergulhar sem mais cuidados
nas águas de uma paixão.
Perdida, só quero o riso
de uma manhã do impreciso
do seu lado, meu amor...
Tudo o mais deixo ao sabor
e pelo tempo ao dispor...
Enquanto não, só poema...
Aceno ao largo, indolente...
Realidade em esfumo...
Credora de algum insumo,
sem promessa de um futuro,
não me escudo atrás do muro...