Olhos Marejados
À noite antes da noite,
a palavra antes do verso
a brisa antes do vento,
à poesia antes do poema...
A chuva
que molha os canteiros,
é a mesma que molha a face
embriagada n’um lirismo único,
sabedor do estro,
astro pena ao papel.
És solitude, és solidão
nutrida de vida dia escuridão,
és o lamento
quando do abraço antes do beijo,
e quando do beijo antes...
Do pôr do sol
quando antes do pôr da lua,
reverso anverso também em avessos
do êxtase antes!
16/10/2014
Porto Alegre - RS