SOLIDÃO
Manhãs que se desenham em raios de sol
onde o sonho é fruto da mera paisagem.
Noites que se desejam abraços.
Respiração que atalha a vontade de amar.
Se agora aqui estivesse iria escrever
nas paredes, na minha pele, tudo o que
se guarda em silêncio no silêncio.
Hoje só, e tão somente, eu vou procurar
o que para trás ontem ficou.
Olho para a lua que se devora com o olhar,
vejo sorrisos alegres e cortantes como o frio
que congela meu corpo.
Meu coração a percorrer caminhos lentos
e desconcertantes.
Lembranças de desencontros vividos,
tantos caminhos percorridos, sorrisos perdidos.
A solidão presente, sorrisos ausentes,
toma-me a tristeza recente.
Preciso de uma nova esperança.
Na vontade de gritar de saudades o amor passou
subitamente e na poesia morre lentamente...