A Lástima do Último Homem
Divino arpejo motivador
De notas destoantes e tremidas
Enarmonia, compasso arritmo
Coma musical, pausa repetitiva
Maldita sinfonia desta condição... Humana!
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Arrastado a este desígnio
Finalizado o sonho... Todo imaculado!
Utopia só minha, Ai de mim...
A perfeição dos que se foram sem arrependimentos
E restou-me... Nada!
Eu sou ultimo homem da Terra!
Lamento-me...
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Dedicatória aos que me desprezam
Presente aos que me amputam
Perdão eterno aos que me punem e condenam sem trégua
Abençoados sejam os que sorvem-me o sangue
Os que arrancam as tripas e roem as entranhas
Elas não sabem o quanto doem às feridas
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A Arrogância de meu caráter lúdico
Que fere aos fracos egos desgraçados
Egoístas de débil espirito levianos
De sonhos vazios, em devaneios mundanos e sujos
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Injurias secas, na face um borrão
Olhos lamuriosos,
Ninguém a me perdoar
Ninguém para ser perdoado...
Falta do aconchego de um abraço...
Falta da saliva de um beijo apaixonado...
Falta de líbido flamejante...
... que fora embora com sua ave suicida
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O desespero de um futuro de incertezas
No espelho do presente a martirizar-me
No passado um sorriso bucólico e sincero
Sem rumo mas convicto de que haja alguém
Nesta imensa terra isolada
A andar ao meu lado
Eu aguardo
Com fé
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Pois sou o Último* Homem da Terra!