Na estrada que sigo
vou a pé,
descalço,
com fé.
 
Entre outros andarilhos
divido o ombro,
guarida,
comida.
 
Anjos?
Não sei!
Acolhem-me.
Estou em paz.
 
Na estrada que sigo
tropeço,
caio, machuco,
levanto, prossigo.

Sob o calor,
orvalho,
poeira
e dor
 
Sensações e pensamentos
heterogêneos:

Esperança, suor, solidão,
esgotamento, delírio...
 
Paixão, amor, loucura,
boca trêmula, sem saliva nem poesia...
 
Olhos embaçados por lágrimas secas,
caminho à frente, destino incerto...
 
Na estrada que sigo
cometo pecados, reverencio catedrais,
ouço histórias, encontro uma sombra,
sonho outros caminhos...
Jefferson Lima
Enviado por Jefferson Lima em 26/09/2014
Reeditado em 28/02/2021
Código do texto: T4977717
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