O seu troféu
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Entender que o amor é um jogo,
embora mesquinho,
merece criteriosa atenção.
Talvez se busque um carinho;
talvez, por vaidade, simples veneração...
Que troféu mereceria quem,
perdendo a companhia,
recebesse a honra da solidão?
Para alguns, ter a si mesmo basta.
E o melhor prazer é o da ilusão.
A vida é diminuta no tempo.
O choro dos conflitos,
causador de perplexos olhares.
As relações,
jogadas ao sabor dos árbitros,
sem intervalos...
Cansam os contendores, coitados!
Se o amor for mesmo um jogo,
quero que seja um jogo de cartas!
Por que de cartas?
Porque hoje eu descobri,
na simplicidade do traçado entre as jogatinas,
que do meu baralho,
embaralhado sem trapaças,
pois jogo limpo...
Percebi que você, enquanto clichê,
é carta fora do baralho.
Fortaleza/CE, 23 de setembro de 2014.
22h58min
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