Nuvem Escura
Cobrindo a luz que habitara
O templo que muito residiu
Evaporando e nele expulsara
A paz que vivia, agora sumiu
Sem cor e refletindo agonia
A solidão viera como visita
Cumprimentou a tristeza companhia
Que em dor, abraçou-me aflita
Móvel templo de sentimentos
Ruínas eram refletidas nos muros
A escuridão acompanhando sofrimento
Da passagem, hóspedes impuros
Vagante e terno vestígio de vozes
Cessadas num silêncio corrosivo
Chuvas Ácidas, tempos vorazes
Preparando a banhar, repulsivo
Um alma refém de lutas passadas
Morando num templo em decomposição
Trouxe consigo tempestades, beijadas
Pela loucura, sofrida, despencadas ao chão
Um intenso vendaval chegara
Banhando de dor o velho, sem cura
Um corpo chamado templo, levara
A dor cicatrizada, por uma nuvem escura...