Nuvem Escura

Cobrindo a luz que habitara

O templo que muito residiu

Evaporando e nele expulsara

A paz que vivia, agora sumiu

Sem cor e refletindo agonia

A solidão viera como visita

Cumprimentou a tristeza companhia

Que em dor, abraçou-me aflita

Móvel templo de sentimentos

Ruínas eram refletidas nos muros

A escuridão acompanhando sofrimento

Da passagem, hóspedes impuros

Vagante e terno vestígio de vozes

Cessadas num silêncio corrosivo

Chuvas Ácidas, tempos vorazes

Preparando a banhar, repulsivo

Um alma refém de lutas passadas

Morando num templo em decomposição

Trouxe consigo tempestades, beijadas

Pela loucura, sofrida, despencadas ao chão

Um intenso vendaval chegara

Banhando de dor o velho, sem cura

Um corpo chamado templo, levara

A dor cicatrizada, por uma nuvem escura...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 19/09/2014
Reeditado em 25/09/2014
Código do texto: T4967845
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