Gosto de olhar flores,
Gosto das flores
Que se espalham generosamente pelos campos
Numa só florada de tirar o fôlego,
Dessas floradas parecendo serenata
Com os caules dançadeiros ao manejo dos ventos,
Pétalas carregadas de musicalidade
A brindarem a terra com bemóis e sustenidos
E cores colhidas do olhar janeleiro.
Também amo flores solitárias
Silenciosas pelas sombras de chuvas
Trazendo desertos reais que habitam
A janela por onde olho todas as outras flores,
Quando o vento encosta a melodia dos pássaros
Nas ombreiras das portas da janela quieta
De onde se ouve o apagar dos cantos.
E ainda gosto de olhar a flor presa
No intento de florir
A esperar pelo instante primavera
De uma estação outonal.
E quase a vejo flor
A me enlaçar o olhar
Através das corredeiras de folhas secas
Aguardando desabrochar
Numa estação idílica.
Num golpe de noite
Fecho as janelas
E retorno ao costumeiro deserto.
Gosto das flores
Que se espalham generosamente pelos campos
Numa só florada de tirar o fôlego,
Dessas floradas parecendo serenata
Com os caules dançadeiros ao manejo dos ventos,
Pétalas carregadas de musicalidade
A brindarem a terra com bemóis e sustenidos
E cores colhidas do olhar janeleiro.
Também amo flores solitárias
Silenciosas pelas sombras de chuvas
Trazendo desertos reais que habitam
A janela por onde olho todas as outras flores,
Quando o vento encosta a melodia dos pássaros
Nas ombreiras das portas da janela quieta
De onde se ouve o apagar dos cantos.
E ainda gosto de olhar a flor presa
No intento de florir
A esperar pelo instante primavera
De uma estação outonal.
E quase a vejo flor
A me enlaçar o olhar
Através das corredeiras de folhas secas
Aguardando desabrochar
Numa estação idílica.
Num golpe de noite
Fecho as janelas
E retorno ao costumeiro deserto.