Dançando com a solidão
Valsa, solidão, leva meus passos
no estrago que fizeres,
que vá também minha alegria
e suportem meus pés, essa agonia
de viver só, às grandes multidões, fadado!
E quando me cair aos olhos
aquela noite escura,
onde minhas lágrimas choram de felicidade,
eis que inda que me sufoque essa saudade,
verei que entre outros "sós" vivo cercado.
A solidão fala comigo todos os dias.
É minha amiga, autora destes versos/despedida
Porque, restou-me a morte, que tão mal querida,
veio parir este poema feito com vontade,
pedido por alguém que cheia de tristeza,
quis sua multidão dentro do quarto
a assistir na moldura de um retrato:
uma vida só, mas cheia de valsas de saudades.